segunda-feira, 1 de março de 2010

Deixa o vento soprar...



"Sapatos mais confortáveis para mais sossego." Era o que estava escrito na camisa de um rapaz no qual estava com a sua namorada - era namorada? provavelmente, pois de acordo com a minha memória tão congestionada, seu braço estava em volta dela, um gesto meio protetor, como se tivesse abraçando-a, em diferente cadeiras.
Sossego. Essa palavra me chamou atenção. Me instiguei durante uns cinco minutos e concluí: sossego.
Saí repetindo sete vezes a mesma palavra para ver se me daria sorte, qualquer coisa que emane esperança, eu estava carente, desesperada, perdida, assustada (...) Aquela sorte colorida, sabe? Bem aquele tipo de desenho animado ou pode ser sentido figurado mesmo, aquele trevo de quatro folhas, pé de coelho, dente de leite, imagine a sorte que for, contanto que seja algo semelhante a esperança, acordar de manhã como se tivesse algo à minha espera. Um beijo, um café, um abraço, uma palavra, um toque, uma ação. Minha sorte é diferente. Minha sorte é um parto de uma criança, sofrimento no início e um certo tipo de êxtase ao acabar.
Meus dias ultimamente vêm sido comparados com a previsão do tempo: sol forte quase o dia todo e pancadas de chuva à noite. Alguém por favor pergunta à moça que trabalha no jornal, se eu posso mudar? Eu quero optar por sol forte o dia todo, mesmo não sendo fã do verão. Mas é o que eu preciso. Preciso muito. Preciso demais. Verão me traz sorrisos, amores repentinos, realização, reconciliação, verão por ser claro, me abre os caminhos. Mas acho que devo tender ao inverno. Não me preocupo, deixo ser. Como já dizia o grande Lennon, let it be...

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