sexta-feira, 9 de abril de 2010

Bloco na avenida, um samba popular...


As cidades são sempre muito cheias e aglomeradas ao chegar sexta-feira. O que tem de tão diferente entre sexta-feira e os outros dias da semana? Pensemos: Todos possuem "feira" depois, menos o sábado e o domingo. Talvez por ser um final de uma semana na qual provavelmente passou arrastando-se pelas tabelas, aquela semana difícil em que ao dormir não vias a hora de acordar para chegar logo a tão esperada sexta. E aí, as multidões e aglomerações espalham-se pelas ruas na tentativa utópica de esquecer-se pelo menos durante apenas três dias da rotina dura na qual enfrentam durante um longo período até chegar aquele finalzinho.
Enquanto nas ruas as pessoas sempre falando alto demais, gargalhadas, abraços, beijos, sorrisos com validade de três dias, por favor, não adotem isso após ter passado os três dias pois poderás correr sério risco de contaminação. O movimento de entra e sai de um lugar para o outro, de um bar para o outro, a procura de cerveja barata e diversão demasiada. Onde o famoso ditado em que usam geralmente seria: hoje-é-sexta-feira-tudo-pode. E nisso dançam como se fossem as últimas pessoas da face da Terra e bebem como se a bebida fosse algum tipo de oásis no meio do deserto da calamidade. Certamente, pessoas em modo geral e literal, vivem em um verdadeiro deserto, onde qualquer outro tipo diferente de fazer certo tipo de coisa, aderem. Na tentativa frustrada de não permanecer na real e cinzenta realidade de segunda-feira.
Digamos que todo final de semana seja considerado como um bloco de carnaval que estará para passar na avenida tocando um samba de acordo com a faixa etária ou estilos variados de cada ser. A busca constante pela felicidade irreal. A felicidade cujo sentimento seja momentâneo porém melhor do que nada. Qualquer pretexto é aceito para sair um pouco do cotidiano. Sair da rotina de acordar sempre seis da manhã e ir tomar aquele banho no frio/calor, vestir aquela roupa na qual não desejas porém és obrigado, sair de casa e cruzar com outras pessoas nas quais fazem a mesma coisa que ti, porém em lugares diferentes e em ambos casos, as vidas são monótonas e pouco divertidas. Onde a responsabilidade se faz como um peso no qual carregamos toda semana nas costas e contamos os segundos para poder descansarmos destes.
Esta é a busca incessante das pessoas nas quais procuram um lugar onde possam dançar um rock até cair, e provavelmente, até o amanhecer.
A inconstante sede de ser feliz antes que os ponteiros de domingo cravem às 00:00hrs.
Porque todo dia é a nostalgia das besteiras que fizemos no fim de semana, passado.

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